A pergunta “Como Manter a Motivação…?” é um pouco complexa, de fato! Vivemos em uma era acelerada e descartável. Antes, a gente alugava uma fita VHS e assistia até o fim para só depois dizer se tinha gostado ou não. Hoje, trocamos de filme no streaming em 5 minutos. Se o conteúdo não nos” prende” nos primeiros segundos, já passamos para o próximo.
Essa lógica imediatista não ficou apenas no entretenimento: ela invadiu nossa forma de lidar com projetos, empregos, negócios, relacionamentos e até com nossas metas pessoais.
E é justamente aí que mora o perigo. Se queremos realizar algo grande, construir uma carreira sólida, manter um casamento saudável, empreender ou conquistar uma meta pessoal, precisamos aprender a atravessar o caminho inteiro. Porque a motivação faz a gente começar, mas é a disciplina que nos faz continuar.
A seguir, compartilho os 5 passos fundamentais para manter a motivação em projetos de longo prazo, baseados em anos de estudo sobre produtividade e comportamento humano, de acordo com Gerônimo Theml.
1) Tenha um “Para Quê” Forte
Muita gente erra na largada porque define apenas o que quer alcançar:
- Emagrecer 20kg
- Passar em um concurso
- Ganhar mais dinheiro
- Abrir um negócio próprio
Isso até dá energia no começo, mas não sustenta no longo prazo.
O que realmente mantém você no jogo quando o cansaço, a frustração ou os imprevistos aparecerem não é o o quê, mas sim o porquê.
➡️ A Diferença entre o “O Quê” e o “Para Quê”
Muitas pessoas param na superfície dos seus objetivos e por isso desistem cedo. É como se tivessem um destino no mapa (“quero chegar em tal lugar”), mas sem o combustível emocional para percorrer a estrada.
Neste caso, podemos dizer que o “O QUÊ” é:
- O objetivo racional, aquilo que pode ser medido, colocado em números, anotado em uma planilha.
- É importante, mas frio. Não toca seu coração.
- Exemplo:
- Quero emagrecer 20kg.
- Quero abrir uma empresa de tecnologia.
- Quero economizar R$ 50 mil.
O problema: sozinho, o “o quê” não resiste ao desconforto. No primeiro obstáculo, a mente busca atalhos ou desiste.
Já o “PARA QUÊ” podemos falar que:
- É o motivo profundo, emocional e íntimo que dá sentido ao esforço.
- É aquilo que conecta sua meta ao que realmente importa para você.
- Exemplo:
- Quero emagrecer 20kg para ter energia e brincar com meus filhos sem me sentir cansado.
- Quero abrir uma empresa de tecnologia para criar liberdade de tempo e não depender mais de chefes abusivos.
- Quero economizar R$ 50 mil para dar segurança à minha família e viver com tranquilidade.
O poder do “para quê” é que ele se torna combustível nos momentos de dificuldade. Quando bater preguiça, quando aparecer a tentação ou quando o progresso for lento, é ele que lembra você por que não pode parar.
A pergunta que fica neste caso é “Como integrar os dois?“
O segredo não é escolher entre “o quê” e “para quê”, mas usar os dois juntos:
- O quê dá direção. “Quero correr uma maratona.”
- Para quê dá motivação para atravessar o caminho. “Quero correr uma maratona para provar a mim mesmo que sou capaz de superar meus limites e inspirar meus filhos com disciplina.”
Nietzsche já dizia: “Quem tem um porquê, suporta qualquer como.”
➡️ Como descobrir o seu verdadeiro “Para Quê”
Um bom “para quê” não é óbvio de cara. Muitas vezes, ele está escondido em camadas mais profundas. Para chegar lá, use o que no coaching chamamos de técnica da cebola (ou método dos “5 porquês”):
- “O que eu quero?”
Quero emagrecer 20kg. - “Para quê eu quero isso?”
Para voltar a usar roupas que não servem mais. - “E para quê isso importa?”
Porque quero me sentir bem ao ir à praia. - “E para quê isso importa?”
Porque quero me sentir confiante no meu corpo. - “E para quê isso importa?”
Porque quero que meu parceiro volte a me olhar com desejo.
Percebeu? O que parecia apenas uma meta de balança virou algo emocional, íntimo e poderoso.
⚒️ Ação prática para você aplicar hoje e aprender como manter a motivação
Pegue papel e caneta e faça o seguinte exercício:
- Escreva o seu objetivo no topo da página.
Ex.: “Quero abrir meu negócio.” - Pergunte-se “Para quê eu quero isso?” e anote a resposta.
- Repita a pergunta pelo menos 5 vezes, aprofundando cada resposta.
- Continue até chegar a um motivo que emocione você, que dê um frio na barriga ou até faça os olhos encherem de lágrimas. Esse é o seu verdadeiro para quê.
Depois de encontrar o seu “para quê”, torne-o visível todos os dias:
- Coloque em um post-it na sua mesa
- Use como papel de parede do celular
- Escreva no primeiro slide de qualquer apresentação pessoal
Assim, cada vez que a vontade de desistir aparecer, você terá um lembrete claro do motivo maior pelo qual está nessa jornada.
Sem um “para quê” forte, qualquer pedra no caminho vira motivo para parar. Com um “para quê” forte, as pedras viram apenas parte da estrada que você precisa percorrer.
2) Construa com Tijolos, Não com Sonhos
Um dos maiores inimigos dos projetos de longo prazo é a ilusão do “tudo ou nada”. Muita gente pensa assim:
- “Ou eu perco 20kg, ou não adiantou nada.”
- “Ou minha empresa fatura milhões, ou foi fracasso.”
- “Ou consigo a promoção agora, ou esse trabalho não vale a pena.”
Esse tipo de pensamento gera ansiedade, frustração e, muitas vezes, abandono precoce.
A verdade é simples: nenhum prédio nasce pronto. Ele é construído tijolo por tijolo. E projetos pessoais, profissionais ou relacionais seguem a mesma lógica.
➡️ A importância de pequenas vitórias
Nosso cérebro funciona com recompensas químicas. Quando celebramos uma conquista, por menor que seja, liberamos dopamina, o neurotransmissor ligado ao prazer e à motivação.
O problema é que a maioria das pessoas só comemora o resultado final, que pode levar meses ou anos para chegar. Até lá, o cérebro não sente recompensa e, naturalmente, perde interesse.
Exemplo:
- Você decide emagrecer. Passa semanas se esforçando, mas só olha para a meta de “20kg a menos”. Como o resultado demora, a frustração chega rápido.
- Agora imagine que, em vez disso, você comemora cada 2kg eliminados, cada roupa que voltou a servir, cada refeição saudável feita. O cérebro entende: “Estou progredindo, está funcionando, quero mais disso.”
Esse é o poder dos tijolos colocados diariamente.
➡️ Como dividir grandes metas em pequenos tijolos
Pegue sua meta de longo prazo e quebre em marcos menores. Exemplos:
Meta: quitar uma dívida de R$ 20.000
- Pagar os primeiros R$ 1.000
- Reduzir o uso do cartão em 20%
- Completar 3 meses seguidos sem atrasar boletos
Meta: escrever um livro
- Escrever 300 palavras por dia
- Concluir um capítulo em 30 dias
- Revisar o material a cada 5 capítulos
Meta: melhorar a saúde
- Fazer 3 treinos por semana
- Incluir uma porção de salada no almoço diariamente
- Reduzir refrigerantes a 1x por semana
Perceba: cada passo é pequeno, mensurável e alcançável.
⚒️ Ação prática para você aplicar hoje e aprender como manter a motivação
- Escreva sua meta principal.
Ex.: “Abrir meu próprio negócio digital.” - Divida-a em etapas menores, que caibam em semanas ou meses.
Ex.: “Escolher nicho até o final da semana”, “Criar primeira página de vendas em 30 dias.” - Defina um ritual de celebração para cada marco conquistado.
Pode ser algo simples: tomar um café especial, compartilhar a vitória com alguém de confiança ou escrever no diário de progresso.
Não caia na armadilha de dizer: “Ah, mas é pouco ainda.” Esse pensamento rouba sua energia. Lembre-se: cada tijolo faz parte da construção. Se você não valorizar os pequenos avanços, seu cérebro vai associar esforço a frustração, e não a progresso.
Sonhos grandes só se tornam realidade quando são traduzidos em pequenas ações diárias. Cada tijolo colocado é um passo mais próximo do seu prédio pronto e o segredo está em comemorar cada um deles.
3) Não Discuta com o Negociador Interno
A motivação é como aquele fogo de palha: acende rápido, esquenta bastante, mas logo apaga. Já a disciplina é como o carvão: demora a pegar, mas depois mantém a chama acesa por muito tempo.
E aqui entra um ponto crucial: a disciplina não depende da motivação. Ela depende de sistemas, rotinas e da capacidade de silenciar aquela voz interna que sempre tenta te sabotar.
➡️ Quem é o “negociador interno”?
É aquela vozinha que aparece toda vez que você precisa fazer algo importante, mas desconfortável:
- “Hoje tá frio, você merece descansar.”
- “Começa amanhã, segunda-feira é melhor.”
- “Só uma escapadinha não vai fazer diferença.”
Esse “negociador” é esperto: ele sempre vai propor um acordo que parece lógico na hora, mas que te afasta do resultado no longo prazo.
A chave está em não abrir negociação com ele.
➡️ O peso das decisões diárias
Cada vez que você precisa decidir “se vai ou não vai fazer”, gasta energia mental. Isso se chama fadiga de decisão. É por isso que, no fim do dia, é tão fácil cair em escolhas ruins: pedir fast food, pular o treino, enrolar no celular.
Quando você tem uma rotina pré-definida, elimina o espaço para negociar. Você não decide: você apenas executa.
Exemplos práticos
- Se toda segunda e quarta às 7h é horário de treino, não existe conversa. Você não pergunta se vai treinar, você já decidiu.
- Se sexta-feira é o dia de sentar e organizar suas finanças, não há discussão. Você apenas senta e faz.
- Se domingo à noite é o momento de planejar a semana, não abre negociação com o sofá e a Netflix.
Frase-chave para adotar: “Não discuto sobre o que já decidi.”
⚒️ Ação prática para você aplicar hoje e aprender como manter a motivação
- Escolha um hábito essencial para o seu objetivo (ex.: treinar, estudar, ler, organizar finanças).
- Defina dias e horários fixos para esse hábito.
Ex.: “Treino toda segunda, quarta e sexta, 7h da manhã.” - Coloque isso no seu calendário como compromisso inegociável.
- Quando o “negociador interno” aparecer, repita em voz alta (se possível):
“Eu não discuto sobre o que já decidi.”
Prepare o ambiente para eliminar desculpas:
- Quer treinar cedo? Deixe a roupa de treino pronta na noite anterior
- Quer estudar? Deixe a mesa organizada e sem distrações
- Quer economizar? Programe transferências automáticas para investimentos
Ambiente organizado = menos brecha para negociação.
Motivação te coloca em movimento, mas disciplina é o que te leva até a linha de chegada. Quanto menos você discute com seu “negociador interno”, mais energia sobra para simplesmente fazer o que precisa ser feito.
4) Seja um Cientista de Si Mesmo
Projetos de longo prazo não são uma linha reta. Eles exigem adaptação. O que funciona para uma pessoa pode ser desastroso para outra. E o que funcionou para você em um momento da vida pode não servir em outro.
Por isso, a mentalidade que mais ajuda é a do cientista: observar, experimentar, ajustar e evoluir.
➡️ O perigo do “copiar e colar”
Muitos abandonam seus objetivos porque tentam seguir fórmulas que não respeitam sua individualidade:
- Você lê sobre alguém que acorda às 5h da manhã e tenta copiar, mas só fica exausto e improdutivo
- Um amigo corta totalmente carboidratos e perde peso rápido, mas para você isso gera compulsão
- Um colega trabalha 12h por dia e cresce na empresa, mas quando você tenta, adoece
A produtividade real não está em copiar, mas em descobrir o que funciona para você.
➡️ O mindset do cientista
Ser cientista de si mesmo significa:
- Observar padrões → Quais hábitos aumentam minha energia? Quais a derrubam?
- Testar hipóteses → O que acontece se eu trocar café por chá à tarde? Se eu desligar notificações depois das 20h?
- Registrar resultados → Como me senti ao longo da semana? O que melhorou? O que piorou?
- Ajustar continuamente → Mantenha o que funciona, descarte o que atrapalha
Exemplos práticos
- Se você dorme mal, teste: parar de usar telas antes de dormir, reduzir café à tarde, usar técnicas de respiração
- Se sente falta de foco, experimente: trabalhar em blocos de 25 minutos (Pomodoro), mudar o ambiente de trabalho, começar o dia pelas tarefas mais importantes
- Se está tentando economizar, avalie: usar planilha, aplicativo de controle ou sistema de envelopes físicos
Não existe um método universal. Existe o seu.
⚒️ Ação prática para você aplicar hoje e aprender como manter a motivação
- Escolha uma área da sua vida para melhorar (saúde, trabalho, estudo, finanças).
- Defina uma hipótese para testar.
Ex.: “Se eu desligar notificações à noite, vou dormir melhor.” - Teste por 7 dias seguidos, observando como se sente.
- Registre em um diário simples: “O que funcionou? O que não funcionou?”
- Ajuste e repita o processo.
Adote a mentalidade do progresso contínuo em vez da perfeição. Pergunte-se sempre: “O que posso melhorar 1% essa semana?”
Esse 1% acumulado ao longo de meses é o que gera mudanças gigantescas.
Quando você se torna cientista de si mesmo, transforma erros em aprendizados. Cada ajuste coloca você mais perto de um método de vida sob medida, que funciona para sua realidade, e não para a dos outros.
5) Não Caminhe Sozinho
Existe um provérbio que diz: “Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá acompanhado.”
Projetos de longo prazo exigem persistência. E persistência não se constrói apenas com força de vontade individual. Ela se fortalece quando você compartilha sua jornada com outras pessoas e cria um sistema de accountability, ou seja, prestar contas do seu progresso.
➡️ Por que o apoio faz diferença?
Quando você compartilha sua meta com alguém de confiança:
- A responsabilidade aumenta (você não quer voltar atrás depois de dizer em voz alta que vai fazer algo)
- O incentivo aparece nos momentos difíceis
- O progresso é validado e celebrado, mesmo quando você esquece de reconhecer suas próprias conquistas
Exemplo: treinar sozinho em casa pode ser difícil, mas com um parceiro de treino, o compromisso dobra. O mesmo vale para estudar para um concurso, montar um negócio ou mudar hábitos.
➡️ O poder do accountability
Accountability não é cobrança. É prestar contas de forma saudável:
- No trabalho: compartilhar avanços semanais com a equipe
- Nos estudos: estudar em grupo e dividir metas
- Na saúde: usar um personal trainer, nutricionista ou até um grupo no WhatsApp para celebrar vitórias
Um coach, por exemplo, é pago justamente para ajudar nesse processo: acompanhar, ajustar, lembrar do “para quê” e não deixar você desistir quando o caminho fica difícil.
Exemplos práticos
- Quer emagrecer? Combine com um amigo de enviar uma foto do treino do dia
- Quer estudar? Marque sessões de estudo coletivo e faça um check-in final de cada semana
- Quer empreender? Participe de grupos de mastermind ou comunidades de empreendedores
O simples ato de ter alguém esperando notícias do seu progresso já aumenta drasticamente suas chances de continuar.
⚒️ Ação prática para você aplicar hoje e aprender como manter a motivação
- Escolha uma meta importante que está perseguindo.
- Compartilhe com alguém de confiança (amigo, familiar, colega ou mentor).
- Estabeleça um ritual de prestação de contas.
Pode ser semanal, quinzenal ou mensal.
Exemplo: toda sexta, enviar uma mensagem dizendo o que avançou e qual será o próximo passo. - Dê permissão para essa pessoa cobrar gentilmente se você não cumprir.
Se você não tem alguém próximo para esse papel, procure comunidades (presenciais ou online) que compartilhem do mesmo objetivo. Estar cercado de pessoas na mesma jornada multiplica sua energia.
Caminhar sozinho pode até ser mais rápido no curto prazo. Mas é caminhando junto que você constrói consistência para chegar até o fim.
Concluindo: Como Manter a Motivação com o Sistema que Sustenta a Chama
A motivação é como um fósforo: acende rápido, traz luz e calor imediato, mas também se apaga em segundos. Para atravessar projetos de longo prazo, que podem durar meses ou anos, é preciso algo muito mais robusto do que essa chama inicial.
É aí que entram a disciplina, o propósito, as pequenas vitórias, os ajustes constantes e o apoio certo. Esses elementos juntos formam um sistema de sustentação, capaz de manter a chama acesa até a chegada ao resultado final.
O que isso significa na prática?
- Propósito: não trabalhe apenas pelo objetivo frio e racional; encontre o motivo emocional que te faz persistir mesmo quando está difícil
- Pequenas vitórias: registre e comemore cada tijolo colocado, porque isso alimenta seu cérebro com energia para continuar
- Disciplina: transforme seus compromissos em rotina, para que sejam automáticos. Quanto menos você “decide”, mais você faz
- Ajustes conscientes: avalie-se como um cientista, trocando o que não funciona e reforçando o que gera resultado
- Apoio: construa um círculo de accountability, seja com amigos, mentores ou comunidades que te puxam para frente
⚒️ Ação prática para você aplicar hoje e aprender como manter a motivação
- Escreva hoje o seu “para quê” em uma frase curta e poderosa. Deixe-o visível em um post-it ou como fundo de tela.
- Quebre sua meta em três etapas menores e defina uma forma simples de celebrar cada avanço.
- Escolha um hábito essencial e coloque-o no calendário em dias fixos, sem espaço para negociação.
- Faça um teste de 7 dias em alguma área (sono, foco, alimentação, estudo) e anote o que funcionou ou não.
- Compartilhe sua meta com alguém de confiança e combine um check-in semanal de 10 minutos.
Projetos de longo prazo não se vencem na pressa. Eles se vencem na consistência, na soma de pequenas escolhas feitas todos os dias. Cada vez que você se mantém fiel ao seu “para quê”, coloca um tijolo, silencia o negociador interno, ajusta a rota ou busca apoio, você está se aproximando do futuro que deseja.
Lembre-se:
- Descubra seu para quê
- Coloque tijolos diariamente
- Não negocie consigo mesmo
- Ajuste a rota quando necessário
- E caminhe com quem te fortalece
No fim, é essa constância que transforma sonhos em realidade e boas intenções em resultados concretos.
Se quiser saber mais, Assine a Newsletter Simplifique (Make it simple), semanalmente eu compartilho insights e estratégias práticas de produtividade, gestão de tempo e vida real, diretamente no seu “inbox”.
Abraços e TMJ 👊🏻